ATLAS DO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO - IBGE

A batalha pelo petróleo e o entreguismo da mídia

Há muito, especialistas como Gilberto Bercovici, professor de Direito Econômico e Tributário da USP, denunciam os ataques dos governos golpistas contra a Petrobras.

Um dos motivos do golpe de 2016, foi a destruição da Petrobras, seu fatiamento e a sua entrega às multinacionais. Foi visível a guerra hibrida provocada por forças externas (norte-americanas) com o seu desenho já bastante conhecido das “revoluções coloridas” Na definição de André Korybko, “As Guerras Híbridas são conflitos identitários provocados por agentes externos, que exploram diferenças históricas, étnicas, religiosas, socioeconômicas e geográficas em países de importância geopolítica por meio da transição gradual das revoluções coloridas para a guerra não convencional, a fim de desestabilizar, controlar ou influenciar projetos de infraestrutura multipolares por meio de enfraquecimento do regime, troca do regime ou reorganização do regime.” Pois é, a conjugação da agitação social no governo de Dilma que fizeram um aumento de vinte centavos nas passagens do Rio de Janeiro incendiar o país, as escultas colocadas no telefone de Dilma por fontes do governo norte-americano, o golpe de Temer, conhecido entreguista que entregou nosso petróleo, a lava a jato, suprasumo do lawfaire para tirar Lula da eleição e apear o Brasil transformando-o num vassalo americano. Tudo isso são faces de um mesmo movimento e a mídia cooporativa foi aliada incondicional desse processo.

'Novo pré-sal': sem estudo amplo, Petrobras põe em risco foz do Amazonas

Estatal é cobrada a respeitar protocolo de consulta indígena enquanto aguarda análise de impacto mais abrangente

Mais uma batalha se forma no horizonte, a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas. Nada detém a ganância humana. Essa ganância está levando a destruição do planeta. No caso da Petrobrás, os sócios minoritários estão com seus olhos só vendo a cor do dinheiro entrando nos seus bolsos e o meio ambiente, e a Amazônia que se dane. São predadores histéricos que só pensam no lucro e dividendos. As consequências são muitas e segundo essa reportagem de Murilo Pajolla já apontam perigos: derramamento de óleo, inchaço populacional, energia mais cara, aumento das emissões de carbono. A lista é longa e inclui risco ao setor pesqueiro e a um sistema de recifes de corais pouco estudado. A mera expectativa econômica das perfurações já resulta no aumento de invasões a terras indígenas. O conflito se estende para dentro do governo com a negativa de Marina Silva se chocando com os interesses do ministro de Minas e Energia. A luta promete.

O absoluto ocidental e o relativo da realidade

Somos tão presunçosos que gostaríamos de ser conhecidos por toda a terra e até mesmo por pessoas que virão quando já não mais existirmos.

Um interessante olhar de Pedro Augusto Pinho da preponderância da cultura ocidental e como foi imposta pelos países coloniais. Países como França, Reino Unido, Holanda, Bélgica, Itália, Portugal, Espanha tem suas mãos sujas de sangue. Sangue dos inocentes dominados, dos genocídios perpetrados, como os povos da América pré-colombiana, das sociedades tribais da América do Norte, dos indígenas do Brasil, das levas e levas de escravos que inundaram a América, inúmeros povos da Ásia como os hindus, chineses, vietnamitas, indochineses em geral, árabes, maoris e tantos povos que foram massacrados, roubados, estuprados, oprimidos pelas nações que hipocritamente tenta nos enganar com nações democratas. Segundo o autor, o pensamento ocidental defende verdades e absolutas e eternas, contrapondo-se ao pensamento oriental, especificamente o pensamento chinês que se fundamenta no confucionismo e o taoísmo, mais tarde unidos pelo budismo. O artigo de Pedro Augusto prenuncia um choque cultural futuro.

O imperialismo e a crescente severidade dos ataques capitalistas bárbaros

Durante dois séculos, os capitalistas acumularam riquezas sobre os ombros dos trabalhadores e dos povos oprimidos, e sempre que sua participação nos lucros diminui, eles travam guerras nas quais o homem e a natureza morrem. Lembremo-nos do que fizeram a Primeira e a Segunda Guerra Mundial para toda a Europa. - *Heba Ayyad autora desse artigo é Jornalista Palestina/Brasilira, escritora e poeta"

A busca pela maximização do lucro explica a expansão capitalista na sua forma mais bárbara. Guerras, invasões, golpes de estado, guerras híbridas, neo-colonização, tudo é válido para sustentar as altas taxas de lucro do capitalismo. O grande alvo são países que tem a sorte de ter recursos naturais em grande quantidade, como petróleo, gás, lítio, ferro, bauxita e tantos outro minerais tão necessário para a produção industrial especialmente relativas a industria armamentista. As guerras da Africa, no Oriente Médio, e principalmente a guerra da Ucrânia faz parte desta lógica de destruição de países e nações (Líbia, Iraque, Síria, Iugoslávia, Sérvia, etc. Entretanto diversos países de rebelam contra o predomínio do Império Estadunidense formado após a segunda guerra mundial. Os EUA transformaram a Europa em serviçais, os fêz dependentes de seu petróleo e gás caros e aumentou os custos de fabricação em seu território e mais, chamou as industrias europeias para se instalarem nos EUA. É incrível a subserviencia dos países europeus, antes grandes potência coloniais, hoje verdadeiros gatinhos de estimação de Washigton. A reflexão de Heba conduz a uma pergunta, qual a força capaz de parar a barbárie?

Descumprimento do atual PNE constrange envio do projeto do próximo plano

Na forma do artigo 12 [1] da Lei 13.005, de 25 de junho de 2014, até o final deste semestre deve ser enviado o projeto de lei do Plano Nacional de Educação (PNE) relativo a 2025/2035. Aludido projeto deverá incluir diagnóstico, diretrizes, metas e estratégias para o próximo decênio.

Élida Graziane Pinto é livre-docente em Direito Financeiro (USP), doutora em Direito Administrativo (UFMG), com estudos pós-doutorais em administração (FGV-RJ), procuradora do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo e professora (FGV-SP).

O último relatório sobre o PNE consta que as amarras impostas pela austeridade fiscal marcaram toda a vigência do PNE. A meta 20, que trata do financiamento da educação, foi duramente afetada. Sem contar os cortes seguidos e também a queda na execução dos recursos nos últimos 10 anos. Tudo isso tem impacto nas demais metas do Plano atualmente em vigor. Só 5 metas foram cumpridas das 20 metas do Plano. Ainda assim de maneira parcial.
As metas de universalização da educação, alfabetização, elevação da escolaridade, de política nacional de formação dos profissionais de educação, de implementação do Sistema Nacional de Educação, entre outras não foram cumpridas lamentou Heleno Araújo, que preside a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).